sábado, 24 de janeiro de 2015

#Resenha - A Bibliotecária de Auschwitz




        ATENÇÃO: PODE HAVER SPOILER

               Essa não é uma história como tantas que já li sobre a segunda guerra, sobre o holocausto. Um livro denso, baseado em fatos reais onde a protagonista ainda vive nos dias de hoje! A Bibliotecária de Auschwitz, Dita Dorachova, narra com detalhes os acontecimentos de fome, miséria, maus tratos e de horror que passou o povo judeu no acampamento em  Auschwitz.
          No meio desse caos um professor judeu que acreditava que nunca deve-se desistir e q resistir é a palavra de ordem, mandava que todos “Mastigassem o medo, engolisse e continuasse, pois os valentes se alimentavam do próprio medo”, esse bravo professor, Fredy Hirsh, criou, clandestinamente, uma escola para 500 crianças judias e conseguiu durante dois anos manter todas as crianças vivas, instruídas e por alguns momentos, no meio desse caos, longe das atrocidades vividas na guerra. ”O que era uma contradição implícita enorme o funcionamento normal de uma escola no lugar mais anormal do mundo!”
        Dita era uma garota de 14 anos e a responsável pela biblioteca do bloco 31 composta por 8 livros físicos e seis livros vivos (alguns professores sabiam decorados algumas obras e narravam para as crianças). “A menina tinha o vínculo que une algumas pessoas aos livros. Dita tinha essa empatia que faz com que certas pessoas transformem um punhado de folhas num mundo inteiro só pra elas”. E ao menos neste bloco, os nazistas são derrotados diante da vontade e teimosia dos prisioneiros em continuar, em viver, em tentarem ser melhores sem se importar com as adversidades ou com a força do inimigo.
      Esse livro foi narrado com muitos detalhes sobre o campo e sobre a vida das pessoas que trabalhavam ou eram prisioneiras no inferno chamado Auschwitz, é um romance único, emocionante, tocante e por vezes chocante, privilegiado pelo contato com a própria protagonista do livro que ainda hoje vive em Israel.
       
         Trechos que mais gostei:

“Quando não se pode sonhar com o futuro, sempre se pode fazer com o passado”

“Dita quer escapar da odiosa realidade que matou seu pai, e sabe que um livro é um alçapão que leva a um sótão secreto. É um mundo a parte, no qual podemos nos refugiar”

“Ela gosta dos livros que engrandecem a vida, não os que a diminuem.”

“Do alto do precipício tudo parece imensamente pequeno. O que parecia tão grande de repente se ê diminuído, e o que parecia transcendental se vê como algo sem importância”

“Quando estamos num manicômio, o pior que pode acontecer é sermos lúcidos”

“A vida, qualquer vida, dura muito pouco. Mas se conseguirmos ser felizes, ao menos por um instante, terá valido a pena.... Basta ser feliz pelo menos pqlo tempo que um fóforo leva pra acender e apagar”

“Livros não curam doenças nem podem ser utilizados como armas para render um exército de carrascos; não enchem barriga nem matam a sede. De fato, a cultura não é necessária para a sobrevivência do homem; apenas o pão e a água. Com pão para comer e água para beber o homem sobrevive, mas só com isso a humanidade inteira morre. Se o homem não se emociona com a beleza, se não fecha os olhos e põe em funcionamento os mecanismos da imaginação, se não é capaz de fazer perguntas e vislumbrar os limites de sua ignorância, é homem ou mulher, mas não é pessoa.”


             Esse livro tem uma grande chance de ser meu melhor livro lido em 2015!!!!



              Você, já leu? deixe sua opinião, vou adorar conhecê-la! bjussss



2 comentários:

  1. Esse está na minha listinha também
    amo livros assim, densos e se baseado em fatos reais, melhor ainda!
    bjkas amoreco
    Leila
    <3

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  2. vc vai adorar Leiloca! Esse é daqueles que dá ressaca! rzsss bjus!

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